Iniciando as festividades do aniversário de 30 anos do Programa de Pós-graduação em Informática (PPGInf) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a coordenação do PPGInf realizou, no dia 21 de fevereiro, o primeiro evento acadêmico de uma série de atividades previstas para este ano. “Cultura se cultiva”, comemorou Roberto Pereira, coordenador do PPGInf, na abertura da mesa redonda que abordou a trajetória do programa, que obteve nota 6 na última avaliação da Capes.

No auditório do Departamento de Informática da UFPR, sob a mediação da doutora Leticia Mara Peres, o reitor da universidade, Marcos Sfair Sunye, Elias Procópio Duarte Júnior, André Luiz Pires Guedes e Luis Carlos Erpen de Bona rememoraram suas trajetórias como docentes do PPGInf e responderam a perguntas sobre a consolidação do programa, que já formou 620 mestres e 162 doutores, além de 194 discentes atualmente vinculados às linhas de pesquisa.

Provocados pelas perguntas de Leticia Peres, que foi a primeira doutora formada pelo PPGInf, e depois, vinculada ao programa, orientou a 100ª pessoa a obter o título na pós-graduação, o grupo concordou que os diferenciais da Informática UFPR são o crescimento coletivo do corpo docente, alicerçado numa cultura horizontal inclusiva, simplificação administrativa, herança gerencial e processos de melhoria contínua. “Excelência é fazer um pouco a mais do que esperam de você”, resumiu Elias Duarte.

“A produção qualitativa é importante e se tornou um diferencial do PPGInf UFPR”, continuou Elias Duarte, há 30 anos ligado ao departamento de Informática, e que foi referenciado pelos demais como um dos responsáveis pela qualificação do programa. “O qualitativo é importante, mas para obter reconhecimento não pode falhar no quantitativo. Sem ele, nada feito, por isso o incentivo à produção é fundamental”, completou.

Marcos Sunye lembrou dos primeiros anos do programa, criado em 1996, quando a demanda por pós-graduação na área de Informática era alta. “Tinha muita procura, mas isso mudou. Antes, os alunos nos procuravam, agora é a gente que procura os alunos”, brincou o reitor da UFPR. Em uníssono com os demais, ele destacou a importância da articulação com os outros cursos de Informática do estado, que resultou na criação do Fórum dos Programas de Pós-Graduação em Computação do Paraná, em 2019.

“A gente estava ajudando a formar os programas de pós-graduação das outras instituições de ensino superior do Paraná”, concordou André Guedes, elogiando a cooperação entre os professores no processo de qualificação do corpo docente. “Quando uns saíam para fazer doutorado, os outros seguravam a peteca e mantinham o departamento funcionando. Éramos jovens, querendo fazer coisas. O grupo fazia tudo junto, até conectar cabos”, lembrou, destacando como a colaboração é uma característica do programa, inclusive na cooperação entre as linhas de pesquisa do programa.

Para Luis de Bona, os docentes do Departamento de Informática entenderam que era importante ter uma graduação e uma pós-graduação igualmente fortes. “A gente não vai a lugar nenhum se não olhar para o estratégico, senão o operacional sufoca. O foco do departamento em todas as áreas da computação permitiu uma graduação melhor, com reflexos na pós”, defendeu o ex-chefe de departamento, que se licenciou da posição para atualmente assumir a Pró-Reitoria de Planejamento e Dados da UFPR.

A próxima atividade em comemoração aos 30 anos do PPGInf UFPR está prevista para o mês de maio, em data a ser confirmada pela coordenação do Programa de Pós-Graduação em Informática.