O PET Computação consiste em um grupo de graduandos em Ciência da Computação e Informática Biomédica interessados em ampliar o conhecimento além do que é oferecido pelos cursos do Departamento de Informática por meio das condições para a realização de atividades extracurriculares fornecidas. Sob a orientação de um tutor, os membros do PET se mobilizam em diversos projetos que englobam diversas áreas do curso de Ciência da Computação e de Informática Biomédica, com o objetivo de formar pessoas não apenas com uma vasta gama de conhecimentos, como estimular o pensamento crítico e o desenvolvimento de habilidades para resolução de problemas, preparando tanto para o mercado profissional como para o desenvolvimento acadêmico.
Aos membros do PET é oferecida uma bolsa de R$700.00 (setecentos reais) para contribuir com uma carga horária de 20 (vinte) horas semanais, uma forma de estímulo e auxílio para que possam se dedicar aos projetos do PET.
Como membros do PET Computação, acreditamos em auxiliar os alunos na graduação e na formação global, tanto de nós, bolsistas, quanto de nossos colegas do curso. Acreditamos na importância da participação ativa do PET na parte administrativa do curso, protegendo os interesses da classe estudantil. E, por fim, acreditamos na importância de nos manter verdadeiros aos objetivos do Programa de Educação Tutorial na formação de alunos capazes e interessados em expandir seu conhecimento pessoal com iniciativa.
O PET Computação da Universidade Federal do Paraná foi criado em abril de 1992 após uma solicitação à CAPES, segundo a qual o curso já dispunha de recursos suficientes e objetivos promissores que realmente justificavam a implantação do grupo. Inicialmente denominado PET Informática, devido ao antigo nome do curso de graduação ao qual pertence, foi designada a professora Mírian Halfeld Ferrari Alves como tutora. O grupo inicialmente constava de quatro bolsistas: Helena Noriko Yamamura, João Alberto Fabro, Mauro Yukio Washimi e Wellington Camargo. No início foram encontradas inúmeras dificuldades inerentes à manutenção e consolidação do grupo, dentre elas o conceito de “fraco” atribuído pela CAPES, o que serviu para estimular ainda mais o grupo em busca de um melhor aproveitamento. Neste mesmo período houve participação dos bolsistas em eventos tais como congressos e atividades extra curriculares, o que vem se mantendo de maneira cada vez mais intensificada até hoje.
Em 1993 houve cursos ministrados pelos bolsistas e, além disso, eles participaram da organização do 1º Encontro Inter-universitário. É de se destacar também a participação do grupo na administração do laboratório, inclusive na instalação de softwares. Em julho, devido à saída da tutora para o doutorado, o professor Marcos Alexandre Castilho assumiu a função de tutor. As seleções para o PET Computação acabaram atraindo um grande número de candidatos e vários trabalhos foram empreendidos tanto a nível interno como em termos de publicações em congressos e eventos. Segundo os contemporâneos da época, aquele foi, sem dúvida alguma, um dos períodos de maior produção e atividade do grupo desde sua implantação. De fato, a partir deste ano, os pareceres da CAPES começaram a ser favoráveis e passaram a variar entre “bom” e “muito bom”.
Durante o ano ano de 1995, o grupo iniciou suas atividades de um novo projeto que se destacou, o TUTCAL, que consistia em um tutor de cálculo numérico totalmente desenvolvido em SmallTalk. Ao final do ano, também por motivo de doutorado, o professor Marcos Castilho teve de se ausentar e passou a tutoria para o professor André Luís Pires Guedes. O ano de 1996 foi marcado por uma greve dos professores da Universidade Federal do Paraná, a qual trouxe sérias consequências para a graduação em termos de calendário, mas que nem por isso impediu o desenvolvimento normal das atividades do PET. Durante o segundo semestre foram ministrados cursos, pelos quais a graduação sempre mostrou-se interessada. Apesar de neste período ter sido registrado o único caso de reprovação de um bolsista desde a criação do grupo, o rendimento individual dos bolsistas em geral foi um dos maiores.
Em junho de 1997, o professor Marcos Sfair Sunye assumiu como tutor e o desenvolvimento das atividades tomou outro caráter, predominando o senso de iniciativa e autogerência por parte dos petianos. Apesar de alguns problemas finais, o projeto TUTCAL foi efetivamente concluído. Passou-se então a pensar no novo projeto do grupo, o qual foi denominado Cidade Virtual e consistia de um editor genérico para a construção de um passeio virtual em qualquer cidade, levando em conta pontos turísticos, linhas de transporte, tempo, custo etc. O conceito atribuído pela CAPES no primeiro semestre deste ano foi “bom”. O final do ano foi marcado por uma expectativa em torno de um possível corte ou então redução dos grupos PET no Brasil, o que acabaria afetando inclusive o nosso grupo. Apesar da dúvida, as atividades prosseguiram normalmente com os estudantes decididos a lutarem pela permanência do PET Computação UFPR.
No ano seguinte, o que se sabia era que o Programa Especial de Treinamento seria extinguido em 1999. Neste ano a existência do programa foi prorrogada até 2002, sendo este o prazo final para remodelagem de um novo programa nos moldes que o MEC queria implantar. Juntamente com os outros grupos PET da UFPR, o Pet Computação viajou para Brasíla em setembro, participando de manifestações e passeatas e, a partir do dia 31 de dezembro de 1999, o programa passa aos cuidados da SESU (Secretaria de Educação Superior) e não mais da CAPES.
Durante o ano de 2000, o pagamento dos bolsistas foi irregular e não houve nenhum pagamento durante o primeiro semestre. Em abril, o professor Marcos Castilho assumiu a tutoria do grupo novamente, que em agosto volta a Brasília para protestar contra o atual estado do projeto. Nos anos seguintes os problemas administrativos continuaram, mas não impediram o desempenho das atividades desenvolvidas pelo grupo. Neste período começou-se a ser oferecido alguns cursos para a graduação, se tornando uma tradição na UFPR, como o curso de Linux, que é ofertado semestralmente até hoje, além da organização do stand de Informática na Feira de Cursos e Profissões da UFPR, para a divulgação do curso. Um projeto de destaque deste período foi o Projeto Futebol de Robôs, onde os petianos participantes se dedicaram a pesquisas em diferentes áreas da computação em um mesmo projeto.
Em 2001, o Curso de Bacharelado em Informática da UFPR passa a se chamar Bacharelado em Ciência da Computação, que dá o novo nome ao PET, tornando-se PET Computação. Em 2003 o professor Hélio Pedrini se torna tutor do PET Computação e dá continuidade aos projetos, os quais se tornam enfáticos em ensino, devido aos cursos ministrados pelos petianos. Com a tutoria do grupo pelo professor Armando Luiz Nicolini Delgado, em 2005, houve o projeto de ensino e extensão Negaça. Os petianos ofereceram oficinas de treinamento em informática, com cursos de Linux Básico, Internet, e OpenOffice, para um projeto conduzido pela Associação de Capoeira Angola Dobrada em conjunto com o Clube de Mães União Vila das Torres, uma entidade fundada pela própria comunidade.
O professor Armando Luiz Nicolini Delgado deixa a tutoria do PET em 2006 para poder se dedicar ao seu doutorado. O novo tutor passa a ser Luciano Silva, que já estava participando do PET auxiliando o professor Armando. É a primeira vez que um ex-bolsista do programa assume a tutoria do PET Computação. Neste ano, o grupo deixa de apoiar as pesquisas individuais feitas por alunos e os petianos passam a buscar um projeto único para trabalhar em grupo. O PET Computação também passa a buscar uma maior participação na organização dos PETs da UFPR e começa a fornecer um repositório para armazenar relatórios e um Wiki para facilitar a comunicação entre os grupos.
Em 2007 o grupo apoia a TV UFPR no desenvolvimento de um sistema computacional em software livre para gerenciar, armazenar e compartilhar os vídeos das TVs universitárias de diversas IES. O grupo participou novamente no Projeto Negaça na Vila Torres dando cursos de informática básica e também participou de um curso de multiplicadores para que a própria comunidade seguisse adiante. No segundo semestre deste ano o grupo teve uma efetiva participação em inúmeros eventos, dentre eles o EVINCE. A participação na organização da 2ª Jornada Paranaense dos Grupos PET, sediada aqui na UFPR com o tema “Educação Tutorial para a Formação Científica e Humanitária” pôde contar com a participação do PET Computação, desde a criação do site do evento até a colaboração durante o mesmo. Neste ano houve uma troca da composição de petianos quase completa, que em 2008 possibilitou uma abordagem mais específica aos projetos pois a maior parte dos petianos eram de 2006 e 2007, sendo um dos principais projetos o Sistema de Prova Online. O grupo fez um bom planejamento para o ano, mas no decorrer do primeiro semestre, outras oportunidades de projetos surgiram, como por exemplo o Projeto Honey Island, que possibilitou que alguns petianos fossem para a Ilha do Mel para ministrar palestras e oficinas.
Em 1º de junho de 2008 ocorreu uma mudança de tutores. Saiu Luciano Silva, que permaneceu por mais de um ano e meio como tutor do grupo e entrou Luis Allan Künzle que trouxe fôlego novo para o grupo. Em 11 de julho de 2016 ocorreu outra mudança de tutor. Saiu Luis Allan Künzle e entrou Carlos Alberto Maziero que auxiliou e motivou o grupo com sua grande experiência pessoal e profissional. Neste ano, houve a 10ª JOPARPET que ocorreu em Pato Branco, onde participaram cinco petianos do PET Computação. Em 2017, o projeto A.D.E.G.A. foi pautado e apresentado em uma das reuniões da CEPE da UFPR. O projeto ganhou visibilidade e teve apoio do reitor e de vários coordenadores de cursos presentes no conselho. Em julho de 2017 ocorreu o 22º ENAPET em brasília, que contou com a presença de três membros do grupo e três egressos. Dentre as atividades do evento, houve uma manifestação pelos congressistas em frente ao MEC, ação do movimento MOBILIZAPET. Em dezembro de 2017, ocorreu mais uma troca de tutores. Saiu Carlos Alberto Maziero, que iria se afastar para o pós-doutorado, e entrou Leticia Mara Peres, a vice-coordenadora do curso de informática biomédica, na época.
No início de 2020, houve uma mudança na tutoria do PET Computação da UFPR, com a saída de Leticia Mara Peres e a entrada de Murilo Vicente Gonçalves da Silva como tutor. Murilo desempenhou suas funções como tutor até o início de 2024, quando Luiz Carlos Pessoa Albini assumiu o papel de tutor do programa.
© 2024 . Built using WordPress and the Mesmerize Theme